"A dor é uma benção que Deus envia aos seus eleitos. Não vos aflijais, portanto, quando sofrerdes, mas, pelo contrário, bendizei a Deus Todo-Poderoso, que vos marcou com a dor neste mundo, para a glória no céu.
Sede pacientes, pois a paciência é também caridade, e deveis praticar a lei de caridade, ensinada pelo Cristo, enviado de Deus. A caridade que consiste em dar esmolas aos pobres é a mais fácil de todas. Mas há uma bem mais penosa, e conseqüentemente bem mais meritória, que é a de perdoar os que Deus colocou em nosso caminho, para serem os instrumentos de nossos sofrimentos e submeterem à prova a nossa paciência.
A vida é difícil, bem o sei, constituindo- se de mil bagatelas que são como alfinetadas e acabam por nos ferir. Mas é necessário olhar para os deveres que nos são impostos, e para as consolações e compensações que obtemos, pois então veremos que as bênçãos são mais numerosas que as dores. O fardo parece mais leve quando olhamos para o alto, do que quando curvamos a fronte para a terra.
Coragem, amigos: o Cristo é o vosso modelo. Sofreu mais que qualquer um de vós, e nada tinha de que se acusar, enquanto tendes a expiar o vosso passado e de fortalecer- vos para o futuro. Sede, pois, pacientes, sede cristãos: esta palavra resume tudo."
UM ESPÍRITO AMIGO
Havre, 1862
Livro: O Evangelho Segundo Espiritismo
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Tuesday, 12 October 2010
Thursday, 23 September 2010
Conto de Hilário Silva
O distinto causídico não ocultava a ojeriza que experimentava pela Doutrina Espírita. Fosse onde fosse, se a conversa versasse sobre algum tema de Espiritismo, escorregava deliberadamente para o sarcasmo. “Essa história de Espiritismo só num tratado psiquiátrico”. – dizia irônico -, e destilava pequenas difamações como quem debulhava espigas de brasas. Tão azedo adversário se fizera, que aproveitou largo período de férias, em fazenda silenciosa, para escrever um livro contra os postulados espíritas. Livro-acusação. Livro de ódio. Nos serões caseiros, costumava ler para os amigos esse ou aquele trecho, em que médiuns eram denunciados de maneira cruel. E riam-se, ele e os companheiros, entre um e outro gole de uísque, salpicando a lama esfogueante em forma de letras.
O distinto advogado assumia as primeiras responsabilidades para enviar o volume à editora, quando sobreveio o inesperado.
Dirigia o carro elegante, nas proximidades de um Grupo escolar, quando atarantado pequeno, a correr desorientado, lhe cai sob as rodas.
Um passarinho sob um trator não morreria mais depressa.
Tumulto. Autoridades em cena.
Ele mesmo, suportando os impropérios do povo, apanha o cadáver minúsculo e, de coração agoniado, busca a residência da vítima.
Em sã consciência não é culpado, mas tem o coração alanceado de intensa dor.
Chorando copiosamente, entrega o menino morto aos pais em pranto, que o recebem sem a mínima queixa.
O pai acaricia os cabelos da criança, em silêncio, e a mãezinha ora em lágrimas.
Deseja ser humilhado, acusado, ferido. Isso, decerto, lhe diminuiria a tensão. Encontra ali, porém, apenas resignação e a serenidade.
O advogado consulta então a família sobre a instauração do processo de indenização, mas o chefe da família responde firme:
- Nada disso. O doutor não teve culpa alguma. Ninguém faria isso por querer… Os desígnios de Deus foram cumpridos…
E a mãe do menino enxugando o rosto, acrescenta:
- Choramos, como é natural, mas não desejamos indenização alguma. Deus sabe o que faz.
O causídico, de olhos vermelhos, considerou:
- Então…
- Doutor, não se preocupe… Compreendemos perfeitamente que o senhor não tem culpa… O senhor está sofrendo tanto quanto nós… Ore conosco, a fim de acalmar-se.
Admirando-lhes a paciência cristã, indagou vacilante:
- Que religião professam?
- Nós somos espíritas – informou o pai da pequena vítima.
O advogado baixou a cabeça e ali permaneceu sensibilizado e prestimoso, até a realização dos funerais.
E à noite, em casa, de coração opresso e transformado, fechou-se no quarto e rasgou o livro-libelo que havia escrito.
Da obra “A vida escreve”, de Hilário Silva, psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira. Mensagem encontrada no site Divulgação Espírita.
O distinto advogado assumia as primeiras responsabilidades para enviar o volume à editora, quando sobreveio o inesperado.
Dirigia o carro elegante, nas proximidades de um Grupo escolar, quando atarantado pequeno, a correr desorientado, lhe cai sob as rodas.
Um passarinho sob um trator não morreria mais depressa.
Tumulto. Autoridades em cena.
Ele mesmo, suportando os impropérios do povo, apanha o cadáver minúsculo e, de coração agoniado, busca a residência da vítima.
Em sã consciência não é culpado, mas tem o coração alanceado de intensa dor.
Chorando copiosamente, entrega o menino morto aos pais em pranto, que o recebem sem a mínima queixa.
O pai acaricia os cabelos da criança, em silêncio, e a mãezinha ora em lágrimas.
Deseja ser humilhado, acusado, ferido. Isso, decerto, lhe diminuiria a tensão. Encontra ali, porém, apenas resignação e a serenidade.
O advogado consulta então a família sobre a instauração do processo de indenização, mas o chefe da família responde firme:
- Nada disso. O doutor não teve culpa alguma. Ninguém faria isso por querer… Os desígnios de Deus foram cumpridos…
E a mãe do menino enxugando o rosto, acrescenta:
- Choramos, como é natural, mas não desejamos indenização alguma. Deus sabe o que faz.
O causídico, de olhos vermelhos, considerou:
- Então…
- Doutor, não se preocupe… Compreendemos perfeitamente que o senhor não tem culpa… O senhor está sofrendo tanto quanto nós… Ore conosco, a fim de acalmar-se.
Admirando-lhes a paciência cristã, indagou vacilante:
- Que religião professam?
- Nós somos espíritas – informou o pai da pequena vítima.
O advogado baixou a cabeça e ali permaneceu sensibilizado e prestimoso, até a realização dos funerais.
E à noite, em casa, de coração opresso e transformado, fechou-se no quarto e rasgou o livro-libelo que havia escrito.
Da obra “A vida escreve”, de Hilário Silva, psicografada por Chico Xavier e Waldo Vieira. Mensagem encontrada no site Divulgação Espírita.
Wednesday, 22 September 2010
Teu Livro
A existência na Terra
é um livro que estás escrevendo.
Cada dia é uma página.
Cada hora é uma afirmação de tua personalidade,
através das pessoas e
das situações que te buscam.
Não menosprezes o ensejo
de criar uma epopéia de amor
em torno de teu nome.
As boas obras são frases de luz
que endereças à humanidade inteira.
Em cada resposta aos outros,
em cada gesto para com os semelhantes,
em cada manifestação dos teus pontos de vista
e em cada demonstração de tua alma,
grafas com tinta perene, a história de tua passagem.
Nas impressões que produzes,
ergue-se o livro dos teus testemunhos.
A morte é a grande colecionadora que recolherá
as folhas esparsas de tua biografia,
gravada por ti mesmo, nas vidas que te rodeiam.
Não desprezes, assim, a companhia da indulgência,
através da senda que o Senhor te deu a trilhar.
Faze uma área de amor ao redor do próprio coração,
porque só o amor é suficientemente forte e sábio
para orientar-te a escritura individual,
convertendo-a em compêndio de auxílio e esperança
para quantos te seguem os passos.
Vive, pois, com Amor, na intimidade do coração,
não te afastes dele em tuas ações de cada dia
e o livro de tua vida converter-se-á num poema
de felicidade e num tesouro de bênçãos.
Emmanuel
psicografado por Francisco C. Xavier
é um livro que estás escrevendo.
Cada dia é uma página.
Cada hora é uma afirmação de tua personalidade,
através das pessoas e
das situações que te buscam.
Não menosprezes o ensejo
de criar uma epopéia de amor
em torno de teu nome.
As boas obras são frases de luz
que endereças à humanidade inteira.
Em cada resposta aos outros,
em cada gesto para com os semelhantes,
em cada manifestação dos teus pontos de vista
e em cada demonstração de tua alma,
grafas com tinta perene, a história de tua passagem.
Nas impressões que produzes,
ergue-se o livro dos teus testemunhos.
A morte é a grande colecionadora que recolherá
as folhas esparsas de tua biografia,
gravada por ti mesmo, nas vidas que te rodeiam.
Não desprezes, assim, a companhia da indulgência,
através da senda que o Senhor te deu a trilhar.
Faze uma área de amor ao redor do próprio coração,
porque só o amor é suficientemente forte e sábio
para orientar-te a escritura individual,
convertendo-a em compêndio de auxílio e esperança
para quantos te seguem os passos.
Vive, pois, com Amor, na intimidade do coração,
não te afastes dele em tuas ações de cada dia
e o livro de tua vida converter-se-á num poema
de felicidade e num tesouro de bênçãos.
Emmanuel
psicografado por Francisco C. Xavier
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